segunda-feira, 17 de junho de 2013

A arte de tomar em pé no Mercado Central

Alguns mineiros têm o hábito de tomar em pé como vaca.

Tomar cerveja em pé nos corredores do Mercado Central de Belo Horizonte. É um comportamento, dígamos, cultural: as pessoas disputam um espaço em meio a muvuca de pessoas que se acotovelam por um pequeno espaço. Quem ficar no balcão pode ser considerado um grande sortudo, pois a maioria das pessoas tem que beber com uma mão e segurar a garrafa de cerveja com a outra. Quando recebem o prato com o tira-gosto revezam entre os amigos a tarefa de segurar a porção e o copo enquanto o outro bebe e come.

Para conversar tem que ser na base do grito, aliás é na base do grito que os funcionários do bar ganham um freguês. É um espetáculo à parte: eles sobem no balcão e praticamente laçam o cliente já com uma cerveja aberta na mão. Os tira-gostos, também merecem atenção: seja os petiscos participantes do Comida de Buteco do Bar da Lora como o delicioso-e-incomparável fígado acebolado com jiló dos outros bares.

Pra quem não tem frescuras e gosta de comida boa o Mercado Central é o caminho.

















terça-feira, 28 de maio de 2013

Estamos de Volta


Depois de um tempo afastada dos meus blogs resolvo voltar. Minha cabeça continua me enlouquecendo com suas ideias mirabolantes em colocar na escrita meus devaneios mais tresloucados. Dei um tempo por aqui por achar que meus textos entediava muita gente ou que nada me acrescentavam ou ainda que a grande maioria entrava no blog só para saber da minha vidinha mais ou menos ou procurar os erros de português que passavam desapercebidos. Por fim, pensei: quem não gostar dos meus textos que  vista a roupa e vá embora que feche a janela. O fato é que não "devaneiar" em caracteres me adoece.

Por falar em adoecer ando meio perrengue. Tive uma crise de ansiedade, oh que chique, que me levou para o hospital. Mil preocupações me assolam e uma das coisas que tem me deixado nessa é o fato de não estar estudando. Essa falta de prova pra fazer, trabalhos para entregar, pilhas de textos para ler têm me dado a sensação de improdutividade, de tempo perdido, de" estou-me-tornando-burra". 
Achei que mereceria um tempo de descanso entre a formatura e a pós, mas esse intervalo parece não ter sido feito pra mim. Ressaca pós monografia, saca?

Em tempos, fiz mais duas tatuagens, uma no braço e outra na nuca. Depois, meu lado exibicionista posta as fotos. Continuo gastando com livros sem ter lido os outros quinze que adquiri. Para me sentir menos culpada agora leio dois de uma vez. Um fica em casa e o outro sempre na mochila. Continuo sem beber álcool e a sobriedade tem me deixado chata demais. Confesso que bebi um choppinho na companhia do meu primo-gato Ricardo e do maridão e fui bem feliz. Também tive que agradar o cunhado e entornei algumas doses de wiski e Deus como foi bom! Do resto continuo na mediocridade realista da vida sem umas biritas.

Tenho mil fotos para postar. Mantenho o corte de cabelo. Tenho odiado os serviços domésticos e com uma vontade imensa de viajar. Estou devendo horrores e não tem sobrado grana para tirar a carteira de motorista. Tive dengue e pensei que iria morrer. Continuo querendo morar numa casa e ter dois cachorros. 

Estamos de volta.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cinquenta Tons de Cinza ou o Pornô da Mamãe


Depois de tanto ver mulheres em filas de banco, no metrô e em restaurantes atracadas com a trilogia Cinquenta Tons de Cinza, resolvi quebrar meu imbecil preconceito contra os best sellers e encarei os livros com a mente aberta.

Sabem a coleção Sabrina? É bem por aí.

Apesar das descrições detalhadas e  picantes de sexo os livros se destacam mais pelo romantismo do que pelo erotismo. Confesso que fiquei irritada com àquela tal de "deusa interior" Irritei-me várias vezes com a personagem Anastasia, que para mim é na maioria das vezes uma chata cheia de 'mimimis'. Quando a personagem, pela milésima vez, repetia a expressão "... meu cinquenta tons" a minha vontade era de deixar o livro de lado. Acho que a autora se perdeu na metade do segundo livro em diante e acredito que  grande parte da culpa seja da editora: essa febre de trilogias força o processo de criação dos autores.  E. L James começa uma embromação com a história da inocente Anastasia na descoberta do sexo submisso com o sedutor Christian Grey. A história não se desenvolve, as frases se repetem e  a tal deusa enche a paciência com seus saltos ornamentais.

Algumas pessoas levantaram a bandeira  de que o livro é machista e que tem o poder de  tornar as mulheres ainda mais submissas. Pode até ser, para àquelas que ainda sonham com os príncipes do século XIX. Na minha opinião Christian Grey é e continuara sendo  no mundo contemporâneo o homem-desejado por  toda mulher.

Convenhamos, hipocrisia de lado, quem não gostaria de um homem lindo, elegante e de corpo perfeito que te levasse para dar um passeio de helicóptero, fosse o dono do helicóptero, and um jatinho, and fortunas de dinheiro, and te mimasse ao te cobrir de jóias e roupas caras.  E (agora em bom português) te fizesse gozar todas, todas as inúmeras vezes que vocês fizessem amor? E que homem não gostaria de ter esse poder?

Não sejamos falsos, caros intelectuais, toda mulher gostaria sim de um homem que tomasse as rédeas na hora do sexo e a conduzisse ao prazer intenso. Toda mulher gostaria sim de ter jóias, mansões e carros de luxo e poder manter sua liberdade, sua convicções e independência e sair para trabalhar. Não estou falando de uma Anastasia-medrosinha-cheia-de-não-me-toque. Falo de uma mulher que é tão dona da situação quanto o homem. De uma mulher tão competente profissionalmente quanto o homem é, que sabe que o fato de receber presentes caros não a torna submissa, o fato de ser amarrada e chicoteada na hora do sexo não à torna imoral ou diminuída.

No sexo tudo é válido, desde que seja consensual. E convenhamos, Christian Grey  ao saber levar uma mulher ao prazer intenso, ser carinhoso, carente na medida certa e atencioso tornou-se o príncipe encantado das pobres moças bem resolvidas da atualidade, mesmo que o livro seja mal escrito.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Arena da Carne

Para quem gosta de um bom churrasco, cerveja gelada (ou água gelada, vai saber) e gente bonita foi inaugurado na última segunda-feira o Butequim Arena da Carne, na região do Santa Mônica.

Atendimento de primeira, a melhor farofa dos últimos tempos, carne macia e suculenta e banheiros limpos. Por falar em banheiro, o estabelecimento conta com um banheiro somente para portadores de necessidades especiais (em anos de "butecação" nunca vi um bar em BH  com banheiro exclusivo para tais pessoas).

Um dos sócios é o sr Will, que cursou administração com meu esposo, é gente boa e deixa pendurar a conta  e parece, para os meus olhos, pra cassete com o vocalista Dinho do Capital Inicial.

Enfim, mais um bar para BH.

 


 


 




Pâmela, Marcelo, Will e marido





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"Farovo"

chouriço: é feio, mas eu juro que é bom! Temperadinho...

contra-file




Sampa

Já chorei as minhas pitangas no Facebook por ter que ir à São Bernardo buscar meus documentos de conclusão do curso. Porém, existem sempre, louvado seja Deus, os poréns, aproveitei a minha ida e aproveitei parte do dia para conhecer a tal terra da garoa. 

Sou uma mulher rodada. Conheci n cidades do Brasil quando trabalhava fazendo pesquisas de mercado. Um trabalho penoso e medíocre que eu me sujeitava só por conta das viagens. Viajar é o meu grande prazer nessa vida. Viajar também é motivo de brigas com meu esposo, mas isso é assunto para outro post.

Então, cheguei em São Bernardo no dia do aniversário de São Paulo. Como tinha a parte da manhã livre decidi aproveitar e conhecer alguns lugares de São Paulo. Sempre pago de turista nas minhas viagens: de máquina fotográfica em punho procuro informações de pontos turísticos, onde pegar o busão, o metrô e o que não devo deixar de conhecer. Deixei minha pequena mala no guarda volume da rodoviária e lá mesmo tive as seguintes informações de um paulista simpático:

-meu, você tem que conhecer o bairro Liberdade e comer doce de feijão. Conhecer a catedral da Sé, o metrô, o mosteiro de São Bento, o teatro municipal e claro o quiosque Brahma. Meu, toma cuidado com a sua bolsa, presta atenção nas escadas do metrô: meu, se você não quiser correr pelas escadas rolantes mantenha-se à direita, porque a esquerda é para quem não está com pressa.

Munida de informações e de um tanto de alívio por ser chamada de meu e não de minha peguei o ônibus e fui. E o que vi foi uma mega-metrópole que abriga diferentes culturas em um mesmo espaço, pessoas que mesmo em pleno feriado andam apressadas, apressadérrimas pelas ruas, o antigo misturado com o novo, meios de transporte que fazem BH realmente ser uma roça grande, manifestações de diversas categorias, muitos moradores de rua, uma cidade limpa, prédios de diversas arquiteturas e uma vontade de ficar.

Como sempre, meu olhar, em imagens:


Bairro Liberdade: o doce de feijão, por incrível que pareça é delicioso e salvou minha fome. Minha vontade era de apertar todos os bebês japa que eu via. 












Depois fui na Sé e o meu queixo caiu com a imponente Catedral. O mosteiro de São Bento para meu azar estava fechado, não resisti e fui no cruzamento da avenida Ipiranga com a avenida São João. Para a minha sorte a entrada na m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.a pinacoteca estava 0800 e no museu da língua portuguesa também. Fiquei impressionada pelo metrô que "anda-sozinho-sem-maquinista".



























































Em São Bernardo:





E a viagem foi boa por conta desse porém...